Boa tarde, coleguinhas.
Esta semana foi uma semana de tomar decisões e isso me levou a trancar a matrícula da UFES. Vários amigos e familiares meus estão muito preocupados com essa, para muitos, surpreendente decisão, mas não há motivo para pânico.
Em 2011, eu ingressei na engenharia numa instituição particular chamada FAESA. No entanto, eu me sentia um peixe fora d’água e dei fim a esse relacionamento ao ser aprovada no PSVS da UFES, antiga parceira minha, transferindo meu curso para a federal.
Eu tenho experiência com federais desde 2001, quando comecei meu ensino médio no finado CEFETES, hoje IFES, e dei sequência aos meus estudos cursando Letras – Inglês na citada UFES. Infelizmente, eu não me senti satisfeita com a minha graduação em Língua Inglesa e decidi estudar engenharia.
Eu amo engenharia. Eu pretendo me tornar engenheira. E isso me dá um enorme frio na barriga. E isso me encanta absurdamente. Eu posso dizer, com certeza, que um dos dias mais felizes da minha vida, ou talvez o mais feliz, foi o dia em que consegui fazer a minha matrícula em Engenharia Mecânica na Universidade Federal do Espírito Santo, a fim de iniciar meus estudos em 2012/2.
Assim que ingressei na federal, eu procurei o colegiado do meu curso e procurei formas de garantir minha matrícula nas disciplinas essenciais ao meu progresso no curso. No entanto, não há, na UFES, política consistente que auxilie de forma efetiva os alunos vindos do Processo Seletivo de Vagas Surgidas. Ou seja, eu cheguei na federal com coeficiente zero precisando disputar vaga nas disciplinas com alunos com coeficientes evidentemente maiores – isso trouxe uma enorme dificuldade para o meu progresso no curso.
Depois de 4 semestres, ou seja, 2 anos – dois fucking anos – brigando com coordenadores, chefes de departamento, diretores de centro e até com o reitor da universidade e sem obter qualquer êxito, eu consegui cursar, em média, 2,5 matérias por semestre, sendo aprovada em cerca de 2,25 matérias por semestre. Eu considero que eu obtive bons resultados, mas tendo sido aprovada em apenas 10 disciplinas em 2 anos, eu sofri um atraso bizarramente grande no meu curso – que tem uma carga horária absurda de 3360 horas.
Essa lenga-lenga gerou em mim um enorme mal estar em relação à UFES. Hoje, eu não tenho a menor vontade de frequentar as aulas, de lidar com professores pouco interessados em ensinar e tenho ainda menos vontade de passar mais um semestre cursando um número ridiculamente pequeno de disciplinas.
Eu, de forma alguma, desisti da engenharia ou de me tornar engenheira. Pelo contrário, esse desejo continua lindamente vivo. Devido à atual conjuntura, porém, eu decidi dar um tempo. É como se eu tivesse pressionado o botão de pause. Darei o play novamente quando o semestre que vem começar e, com isso, pretendo estar descansada dessa situação completamente estressante que a federal me trouxe.
Eu não peço que qualquer dos meus amigos ou familiares entenda o que acontece neste momento, eu só peço encarecidamente que todos vocês parem deliberadamente de me perturbar a cabeça com as opiniões de vocês. Se eu não perguntei, é porque não me interessa. Essa decisão cabe a mim somente. No mais, tenham um bom dia.