fake relationship

No dia 17 de janeiro, eu e um ser humano do sexo masculino decidimos colocar no Facebook que estávamos namorando. Isso não passou de uma brincadeira. Alguns acharam de mal gosto, nós dois achamos extremamente divertido.

Tudo começou com a constatação de que nós realmente namoramos, mas sem a parte do sexo, dos beijos, do ciúmes e das brigas. Nós somos companhia um pro outro, adoramos hambúrguer e bebemos cerveja. Nos encontramos sempre que possível. Compartilhamos mágoas e felicidades. Sabemos qual o hambúrguer preferido do outro e contamos o tempo em que ficamos sem nos ver. Percebem? É um namoro feliz.

Bom, eu tenho 558 amigos no Facebook, 72 fazem parte do grupo trabalho e, por decisão minha, não podem ver minhas postagens. 96 amigos curtiram o fato de eu estar em um relacionamento, ou seja, 20% dos meus amigos acharam legal eu, finalmente, estar em um relacionamento sério.

Foi engraçado quando as pessoas começaram a perguntar como assim você está namorando? Saí para comer hambúrguer e, quando voltei, estava namorando. Foi um pouco chocante para a maioria dos meus amigos. Afinal, meu último namoro terminou em dezembro de 2010 e parecia evidente que eu passaria a eternidade sem encontrar outro louco que aceitasse fazer papel de trouxa ao meu lado.

Confessei a algumas pessoas que não estava de fato namorando. Algumas acharam isso óbvio. Uma ficou feliz pelo meu fake namoro e um grande amigo está puto comigo até hoje e não sei se um dia torna a ser meu amigo. Infelizmente, não sou capaz de agradar a todos e existe uma quantidade de amigo ciumento nessa minha vida.

Logo que comecei a namorar, diversos amigos homens vieram conversar comigo – via Facebook e via Whatsapp. Incrédulos. Ciumentos. Incomodados. Recalcados. Afinal, estou na pista desde 2011 e até agora ninguém fez uma aproximação digna de ganhar o título de namorado da Manu. O que me leva a crer que nenhum deles quer, eles apenas estavam sentidos, porque perderam a possibilidade de um dia, quem sabe, tentar algo comigo. Preguiça.

Ontem, dia 26 de janeiro, o meu amigo/namorado terminou comigo, porque o nosso status de casal estava atrapalhando um possível relacionamento dele. Terminou comigo via Whatsapp, é mole? Gente, tudo permitido – não era um namoro de verdade.

Continuando meu espírito brincalhona, eu postei uma foto do CID10 na minha timeline com o CID Z60.2 – Viver só. Uma ótima forma de contar que terminei. Tive pouquíssimas curtidas. Foram apenas 11. Acho que as pessoas queriam me ver feliz e namorando.

Seres humanos, acordem: eu não preciso estar namorando para estar feliz. Seria uma morte horrível se eu estivesse infeliz desde 2010 só porque eu não tenho um namorado. Eu espero estar feliz se eu tornar a namorar um dia, mas estou feliz com tantas coisas…  And… I have a cat – I’m complete.

Ao meu amigo: adorei ser sua namorada durante 9 dias. Foram nove dias de gargalhadas. Nunca achei que eu pudesse me divertir tanto estando em um relacionamento. Me diverti, principalmente, por ver como as pessoas são bobas e não prestam atenção. Te cuida. E você me deve um porre de vinho. Vou cobrar.

A todos os outros que acreditaram: bobinhos, vocês não me conhecem mesmo. Titia manda beijos.

It’s nice to know you’re doing well and… will I ever see you again?

A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida

Months ago, I said I was gonna try to parar de sentir saudades de você, que é pra ver se você sente saudades de mim. And the truth is I failed. But missing is a feeling I kind of love, for it means, most of the time, love.

The sad part is that December came and gone. January started and he left and we didn’t as much as said hello in person. Which is sad indeed. I said it would come and go and we wouldn’t notice it.

And now I wonder if I am ever going to see you again. I want to, but it is the same as fighting: it takes two.

losing my favourite game

I don’t know what you’re looking for
you haven’t found it baby, that’s for sure
You rip me up and spread me all around
in the dust of the deed of time

Sabe quando você está quieto no seu canto e aí vem uma mosca atrapalhar? Alguém além de mim lembra da música da velha que estava a fiar e veio a mosca atrapalhar? Ninguém? Não quis comparar a pessoa a uma mosca, quis apenas enfatizar que eu estava quieta, na minha, vivendo a minha vida e aí surgerepentinamente um ser vivo aleatório .

And this is not a case of lust, you see
it’s not a matter of you versus of me
It’s fine the way you want me on your own
but in the end it’s always me alone

E aí você abre aquele espacinho e fala “Você pode brincar nessa esteira, ok?”, como a minha avó costumava fazer quando eu era criança – aquela megera. Mas, no fim das contas, a gente acaba repetindo o que aconteceu conosco – mesmo que numa esfera diferente.

And I’m losing my favourite game…

É aquela velha história de alguns animais peçonhentos não serem imunes aos seus próprios venenos. É como ensinar alguém a jogar seu jogo e crirar um monstro – been there, done that.

You’re losing your mind again…

Ou aquele caso em que você já não aguenta mais esse, aquele, o meu ou o seu jogo. É só uma questão de não querer jogar…

I’m losing my baby
losing my favourite game

O chato é que a gente toma gosto pelo jogo. Ele vicia. Ou vocês acham que tem gente morrendo em dívida de jogo porque jogar é só um hobby?

I only know what I’ve been working for
another you so I could love you more
I really thought that I could take you there
but my experiment is not getting us anywhere

Aí você procura, dá chance – se esforça. Mas, na vida, se as coisas dependessem de uma pessoa só, talvez o mundo fosse mais interessante – ou mais catastrófico.

I had a vision I could turn you right
a stupid mission and a lethal fight
I should have seen it when my hope was new
my heart is black and my body is blue

E ninguém tem bola de cristal, né? Bem… se eu pudesse ver o futuro, daquela maneira bacana que as mulheres o faziam em Avalon, como se eu fosse do povo pequeno das fadas, muito estresse teria sido evitado…

And I’m losing my favourite game
you’re losing your mind again
I’m losing my favourite game
I’ve tried but you’re still the same
I’m losing my baby
you’re losing a saviour and a saint

Exageros a parte, essa música é muito bonitinha para eu deixá-la cortada ao meio. Tenho dificuldade em manifestar o estresse, então vem tudo para o blog – com todos os exageros possíveis.

espelho

Eu tentei escrever este post mais cedo, mas não consegui. Não consegui, porque não havia sido capaz de me colocar do outro lado, de sentir o que o outro sente.

Há algum tempo eu escuto relatos de homens me dizendo que os assusto de alguma forma. Como se eu causasse temor. Não sei se me admiram tanto, que chegam a sentir medo; ou se, como alguns chegam a relatar, eu me mostro tão confiante, que chego a ser assustadora. Acho que os homens, via de regra, não gostam de mulheres que não precisam deles. Fato é que os que têm medo, por mais que sintam atração, fogem.

Inclusive, certa vez, eu falei isso com um amigo. Que ele deixava tão claro que não precisava de ninguém, que as mulheres corriam dele. Isso foi há anos. Acho que as mulheres pararam de correr dele – ele mora com a namorada atualmente. Ou, vai ver, ele passou a ser menos autossuficiente. Não sei.

O fato de eu não ter sido capaz de escrever o post antes, mas tê-lo escrito agora, é justamente por, agora, a ficha ter caído. Eu acabei de explicar para um cara que eu não vou mais ficar com ele, porque gosto dele e o sentimento não é recíproco. Ele me perguntou o que as mulheres veem nele. Bom, as outras, eu não sei, mas eu sinto medo. Um medo bobo, diferente, uma segurança tola, mas é isso que sinto – e é isso que me faz bem. Só não é recíproco. E aí, meu amigo, quando a coisa vai, mas não volta, a gente para de deixar ir…

O título do post é espelho, porque, normalmente, o que a gente vê no outro e que irrita é justamente o que a gente também tem. Espelho, espelho meu, existe alguém no mundo mais pateta do que eu?

Tire o seu sorriso do caminho…

É engraçado como um simples sorriso pode machucar pessoas. Eu mesma falo: ninguém está feliz 100% do tempo. É impossível. Pessoas que chegam ao trabalho/escola todos os dias sorrindo e dizendo “bom dia” têm algum problema.

…Que eu quero passar com a minha dor

E a inveja é algo que passeia pelo mundo. Parece que, quanto mais machucada a pessoa está, mais a felicidade alheia incomoda. Ué, mas… não era para nos alegrarmos com a alegria alheia?

Hoje para você eu sou espinho…

Fato é que as relações que mantemos com os outros é mutável. Sempre. Não existe isso de amigos para sempre, até mesmo embaixo d’água e, não, nunca tivemos um único desentendimento. Mentira. Deslavada. Sim, sim, verdadeiros amigos permacem – e jamais direi o contrário. Mas o que acontece com aqueles que amamos? E os amores para a saúde, a doença, a alegria e a tristeza?

…Espinho não machuca a flor

No fim das contas, não amamos mesmo para sempre? Mesmo que venhamos a sentir raiva, dor, desgosto, desprezo, antipatia… no fim das contas, não são todos esses sentimentos máscaras que nós mesmos usamos? E não é que o famoso “eu já não te amo mais como já te amei” pode ser sincero? E não podemos, no fundo, apenas querer o bem do outro?

Eu só errei quando juntei minha alma à sua
O Sol não pode viver perto da Lua

A verdade é que não podemos deixar com que o outro se anule. Ninguém pode se anular para ficar junto. As belezas deveriam se unir, e não se ofuscar. Se até mesmo o Sol e a Lua dividem o mesmo céu alguns dias por ano, por que o brilho das pessoas deveria ser ofuscado?

irgendwas, das bleibt

Sag mir, dass dieser Ort hier sicher ist
und alles Gute steht hier still.
Und dass das Wort, das du mir heute gibst,
morgen noch genauso gilt.

Diese Welt ist schnell
und hat verlernt beständig zu sein.
Denn Versuchungen setzen ihre Frist.
Doch bitte schwör, dass wenn ich wieder komme,
alles noch beim Alten ist.

Gib mir ein kleines bisschen Sicherheit
in einer Welt in der nichts sicher scheint.
Gib mir in dieser schweren Zeit irgendwas das bleibt.

Gib mir einfach nur ein bisschen Halt.
Und wieg mich einfach nur in Sicherheit.
Hol mich aus dieser schnellen Zeit.
Nimm mir ein bisschen Geschwindigkeit.

Gib mir was.. irgendwas, das bleibt.

Auch wenn die Welt den Verstand verliert,
das ‘Hier’ bleibt unberührt.
Nichts passiert

Gib mir ein kleines bisschen Sicherheit
in einer Welt in der nichts sicher scheint.
Gib mir in dieser schweren Zeit irgendwas das bleibt.

Gib mir einfach nur ein bisschen Halt.
Und wieg mich einfach nur in Sicherheit.
Hol mich aus dieser schnellen Zeit.
Nimm mir ein bisschen Geschwindigkeit.

Gib mir was – irgendwas, das bleibt.

°°

Nunca entendi o motivo pelo qual isso ocorre, mas as pessoas tendem a achar difícil passar segurança aos outros e deixá-las, ao menos, confortáveis com as situações. Precisamos saber onde pisamos e… eu tô falando de mim ou de outra pessoa?

Limited Edition

Eu costumava escrever essa frase no meu subnick do MSN Messenger quando chegavam as férias: Edição Limitada de Férias. E eu posso dizer que realmente mudo nas férias. Me torno uma pessoa um tanto mais boêmia – se é que isso é realmente possível.

Eu penso sempre que me coloco em determinadas situações porque sei como eu vou sair delas. Eu tenho uma dificuldade enorme em entender as consequências para as outras pessoas. Não se trata de egoísmo, vejam bem, apenas não entendo – ou não vejo.

Depois de tudo o que passou e a maneira como [mal] sobrevivi a tudo o que me magoou, eu jamais imaginei que fosse me ver, hoje, no lugar onde você se via antes. Estou certa de que a mágoa que te trouxe é exatamente o oposto do que eu queria trazer. Todo o trabalho que faço em evitar guardar rancor é efetivo. I didn’t mean to hurt you – I’m sorry that I made you cry.

No fim das contas, explicações acabam não levando a resultado algum. Afinal, o que nos motiva é a busca pelo motivo pelo qual devemos perdoar aqueles que amamos. Certas vezes o motivo não existe. A pergunta é: você quer perdoar? Muitas vezes queremos – outras não. Eu sei que parece óbvio, mas nem sempre o óbvio é simples. Às vezes queremos, mas não conseguimos. Às vezes conseguimos com uma facilidade incrível.

A minha maior mágoa ainda é saber que magoo – e muito – as pessoas que tenho a minha volta.

°°

If only we hadn’t gone so far
Things would be different here just now
I didn’t know what I had done
Would it be different if you had of come

I can take it if you hold me

I met her last night again after hours

The only words I could muster was “erm, hi”
We talked for an hour or two then you left
I dreamt that night I lay upon your breast

I can take it if you hold me